Medida visa evitar concentração bancária e risco de pequenas instituições.
CMN precisará autorizar operação para que compras sejam feitas.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o presidente Lula, durante reunião do Conselho Político nesta segunda (6), informou aos presidentes e líderes de partidos aliados que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai editar uma nova resolução permitindo que o Banco Central compre carteiras de crédito de bancos pequenos e faça operações para assegurar essas carteiras.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, haviam anunciado medidas para tentar atenuar a crise nos mercados financeiros do país.
Hoje, quando um banco de pequeno porte tem dificuldades com sua carteira de crédito pode negociá-la com uma instituição maior. Isso costuma criar dificuldades para essas pequenas instituições e, por vezes, elas são compradas pelos grandes bancos, aumentando a concentração do mercado financeiro.
O governo quer reduzir o risco dos pequenos bancos e evitar pressão sobre essas instituições nesse momento de crise. Para isso, permitirá que o BC compre essas carteiras de crédito quando o CMN permitir que o banco faça isso.
Para o governo, o ideal é que essa medida não seja usada, mas funcione como um seguro, para o caso de algum banco não conseguir negociar sua carteira no mercado. A compra de carteiras de credito é uma função clássica de um Banco Central, mas não é comum no Brasil.
A medida não significa estatização. Na verdade, tenta dar aos bancos que estejam enfrentando problemas de liquidez, mas que possuam boas carteiras de credito, uma ajuda. Como o BC não tem estrutura de banco comercial, a carteira poderá ser vendida ou repassada a bancos oficiais para administrá-la.
Medida provisória
O presidente Lula também comunicou aos integrantes do conselho que o governo editará uma medida provisória ainda nesta segunda com o objetivo de melhorar a liquidez do mercado. A medida provisória tratará de dois pontos: aumentar a capacidade de captação de recursos das empresas de leasing e, como já foi anunciado, garantir os empréstimos das empresas brasileiras no exterior. A MP vai regulamentar esta última decisão.
O Banco Central poderá substituir R$ 150 bilhões em papeis, emitidos por empresas de leasing, por letras de arrendamento mercantil. O objetivo é dar maior liquidez e controle do mercado. Segundo o BC, as debêntures são papeis que escapam ao controle do banco, pois são registradas junto à comissão de valores mobiliários. Tais papéis tem liquidez difícil, prazos longos e maior restrição de mercado.
Segundo auxiliares do presidente, essas medidas, somadas às anunciadas nesta segunda-feira por Mantega, e às anunciadas na semana passada para manter as linhas de financiamento de exportação, injetam cerca de R$ 35 bilhões no mercado de crédito.
PAC está 'assegurado'
Lula voltou a dizer aos parlamentares que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não será afetado pela crise internacional. Segundo relato de auxiliares do presidente, ele disse que “vai custar muito para alguém me convencer a para alguma obra do PAC”.
O presidente também repetiu para os aliados aquilo que tem dito nos discursos, que o mercado interno é a salvação para que a economia brasileira seja menos atingida pela crise internacional.
Lula pediu a todos que continuem confiando na economia nacional e solicitou aos aliados que se esforcem para votar rapidamente a criação do Fundo Soberano, projeto que tramita no Congresso desde agosto, e na votação da Reforma Tributária.
CMN precisará autorizar operação para que compras sejam feitas.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o presidente Lula, durante reunião do Conselho Político nesta segunda (6), informou aos presidentes e líderes de partidos aliados que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai editar uma nova resolução permitindo que o Banco Central compre carteiras de crédito de bancos pequenos e faça operações para assegurar essas carteiras.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, haviam anunciado medidas para tentar atenuar a crise nos mercados financeiros do país.
Hoje, quando um banco de pequeno porte tem dificuldades com sua carteira de crédito pode negociá-la com uma instituição maior. Isso costuma criar dificuldades para essas pequenas instituições e, por vezes, elas são compradas pelos grandes bancos, aumentando a concentração do mercado financeiro.
O governo quer reduzir o risco dos pequenos bancos e evitar pressão sobre essas instituições nesse momento de crise. Para isso, permitirá que o BC compre essas carteiras de crédito quando o CMN permitir que o banco faça isso.
Para o governo, o ideal é que essa medida não seja usada, mas funcione como um seguro, para o caso de algum banco não conseguir negociar sua carteira no mercado. A compra de carteiras de credito é uma função clássica de um Banco Central, mas não é comum no Brasil.
A medida não significa estatização. Na verdade, tenta dar aos bancos que estejam enfrentando problemas de liquidez, mas que possuam boas carteiras de credito, uma ajuda. Como o BC não tem estrutura de banco comercial, a carteira poderá ser vendida ou repassada a bancos oficiais para administrá-la.
Medida provisória
O presidente Lula também comunicou aos integrantes do conselho que o governo editará uma medida provisória ainda nesta segunda com o objetivo de melhorar a liquidez do mercado. A medida provisória tratará de dois pontos: aumentar a capacidade de captação de recursos das empresas de leasing e, como já foi anunciado, garantir os empréstimos das empresas brasileiras no exterior. A MP vai regulamentar esta última decisão.
O Banco Central poderá substituir R$ 150 bilhões em papeis, emitidos por empresas de leasing, por letras de arrendamento mercantil. O objetivo é dar maior liquidez e controle do mercado. Segundo o BC, as debêntures são papeis que escapam ao controle do banco, pois são registradas junto à comissão de valores mobiliários. Tais papéis tem liquidez difícil, prazos longos e maior restrição de mercado.
Segundo auxiliares do presidente, essas medidas, somadas às anunciadas nesta segunda-feira por Mantega, e às anunciadas na semana passada para manter as linhas de financiamento de exportação, injetam cerca de R$ 35 bilhões no mercado de crédito.
PAC está 'assegurado'
Lula voltou a dizer aos parlamentares que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não será afetado pela crise internacional. Segundo relato de auxiliares do presidente, ele disse que “vai custar muito para alguém me convencer a para alguma obra do PAC”.
O presidente também repetiu para os aliados aquilo que tem dito nos discursos, que o mercado interno é a salvação para que a economia brasileira seja menos atingida pela crise internacional.
Lula pediu a todos que continuem confiando na economia nacional e solicitou aos aliados que se esforcem para votar rapidamente a criação do Fundo Soberano, projeto que tramita no Congresso desde agosto, e na votação da Reforma Tributária.